Coworking: entenda as vantagens de trabalhar em um escritório compartilhado

Já pensou em trabalhar em um ambiente com pessoas de várias empresas, expandir seu “networking”, estar em um espaço bem equipado, em uma localização estratégica e pagar pouco por isso? Parece utópico, mas é assim que funcionam os coworkings, escritórios compartilhados que estão sendo ocupados por autônomos, startups e até multinacionais.

Thayná Monteiro Bastos, da área de projetos de educação empreendedora do Impact Hub, conta que a principal vantagem é “estabelecer rede”. Isto porque pessoas de diversas áreas trabalham umas do lado das outras, o que propicia um contato maior não só durante workshops e eventos, mas no cotidiano, em uma pausa para o café ou momentos de descontração.

We Work

“Essa troca de ideias é o objetivo do coworking”, opina Matheus Calabrese Joaquim, gerente de relacionamento com o cliente da Google e Somos Nuvem, conhecido também como “o porta-voz da We Work” por seus colegas de escritório. Calabrese gosta tanto de trabalhar em uma empresa alocada em coworking que até disponibilizava algumas horas do dia para criar conteúdo em seu Instagram pessoal.

O profissional explica que como toda empresa, trabalhar em coworking também tem seus prós e contras – a briga pelo controle do ar condicionado, por exemplo, é muito mais complicada. “É legal e divertido, pois você acaba conhecendo outras empresas e negócios que você nem sabia que existia. Mas, por outro lado, tem pessoas que ainda não sabem conviver em um espaço compartilhado”.

Melissa Santos Mendes de Castro atualmente trabalha como assessora de imprensa, mas foi prestadora de serviço na área de gerenciamento de comunidades de um dos maiores coworkings do mundo por dois anos. Para ela, as vantagens estão na comodidade e economia. “Tudo está incluso. Você não tem gastos com luz, água e internet. Também não precisa contratar pessoas, pois já tem serviço de motoboy, telefone e limpeza”, explica. Para ela, é um bom lugar para fazer networking: “Tem profissionais que vão de advogados a médicos e psicólogos”.

Impact Hub

Já no Impact Hub, uma organização brasileira que conecta projeto e pessoas com propósito de impacto social, há ainda alguns programas de incubação e aceleração. “Além do espaço de coworking, em que as empresas pagam pela mesa, tem um outro segmento que é quando percebemos que tem alguma oportunidade em zona de vulnerabilidade, conseguimos unir os atores do sistema (grandes empresas, setor público, empresas locais)”. No entanto, essas ações são outra vertente que não tem muita ligação com o espaço: esses projetos de impacto podem estar em qualquer lugar do mundo.

O We Work, além de também organizar alguns eventos e workshops, ainda promove ações de bem-estar e levam profissionais de fora para proporcionar mais comodidade aos coworkers. “Você não precisa sair do seu trabalho para cortar o cabelo ou fazer as unhas”, conta Calabrese. Quem tem cadastro nesta rede ainda pode acessar qualquer unidade do mundo.