Secretárias compartilhadas
- Nós
- 1 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de nov. de 2019
Alexandre Borin trabalhava em uma multinacional quando percebeu o quanto sentia falta de ter uma fiel escudeira como suporte. A época era de crise e muitas secretárias haviam sido demitidas por conta de corte de gastos – e para evitar que isso se repetisse, o empresário desenvolveu a Prestus, uma assessoria que compartilha secretárias entre diversas empresas.
Com todos os funcionários em regime de CLT, salário fixo e benefícios, Borin explica que a vantagem de trabalhar na empresa é saber que não haverá cortes ou demissões. Já os clientes não têm custos trabalhistas, podem contratar um serviço pagando um valor mínimo de R$ 350, que dá direito a 150 atendimentos. Caso o número de demandas ultrapasse o pacote contratado, o cliente deverá pagar o valor adicional de acordo com o que consumir.
O trabalho é estável, mas sem monotonia. “Não é um serviço repetitivo, porque são muitas empresas de vários segmentos. Você não cansa de fazer a mesma coisa todos os dias, pois a cada minuto você está fazendo um atendimento diferente – uma hora pode ser para um médico, outra uma empresa de elevadores”, conta Bianca Correa, supervisora do atendimento ativo.
A Prestus funciona de forma semelhante ao Uber: se as secretárias ficassem nas empresas, elas teriam algum tempo ocioso, sem nada para fazer e, em outros momentos, ficariam sobrecarregadas. A empresa resolve isso colocando mais secretárias em horários mais movimentados e deixando apenas algumas de plantão em horários mais calmos.
As secretárias não são escolhidas de forma aleatória: há um sistema que escolhe quais são os funcionários que tem mais perfil para cada cliente de acordo com as experiências. Depois, o cliente disponibiliza algumas
informações que vão auxiliar a secretária no trabalho. “Quem ligar não vai saber que está sendo atendido por um terceiro e vai imaginar que é alguém de dentro da empresa”, explica Bianca.
De grandes empresas a autônomos e questões pessoais, a Prestus se adapta ao cliente, como explica Ivan Rodrigues, gerente de sucesso do cliente: “Para os mais simples, as secretárias atendem as demandas de forma organizada. Os clientes médios e grandes têm um auxílio para que a empresa não perca nenhuma ligação”. Algumas empresas de serviços, como de elevadores, geradores e internet, ainda podem contar com um suporte para acionar técnicos sem precisar de uma equipe de plantão.
Mas, nem todas as empresas terceirizam completamente o serviço. “O médico ainda precisa da secretária para atender os pacientes. Ele pode contratar a Prestus para receber ligações e fazer agendamento de consultas enquanto a funcionária dele exerce outras funções”, conta Borin.
A companhia nasceu há dez anos, quando, segundo o CEO, o termo “economia compartilhada” era apenas uma ideia utópica. “Dedicamos nossos esforços aos serviços de compartilhamento para otimizar o tempo e o trabalho”, explica.
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