Impacto da economia compartilhada na coletividade e a confiança nas plataformas
- Nós
- 6 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Já parou para pensar nos impactos que as plataformas de economia colaborativa trazem para o mundo? Além de promover o acesso em vez da posse e melhorar a sustentabilidade, este modelo de negócios é responsável por aumentar a confiança e o convívio entre pares.
Antes dessas plataformas, as pessoas eram ensinadas a não falar com estranhos, não entrar no carro de quem não conhece e ter cuidado redobrado com a internet. Aplicativos como Uber, Airbnb e Blablacar chegaram para transcender todas essas barreiras, aproximar desconhecidos e promover a confiança no outro. É o que explica Rachel Roo, conhecida como uma das especialistas mais influentes em economia colaborativa, no Ted Talk:
Para o cozinheiro Kauê Lentini adepto à House of Food, coworking para chefs da House of All, o consumo colaborativo criou uma necessidade de consumo com mais responsabilidade. “A partir do momento que você está compartilhando algo com alguém, você precisa ter mais zelo, porque sabe aquilo não é seu. Você sai do ‘meu’ e começa a pensar no que é de todos”, conta. Segundo Lentini, as relações ficam mais pessoais e “saem do virtual, do individual para uma questão mais plural”.
O publicitário Gustavo Formiga Sabino entende que o consumo consciente também é uma forma de pensar no coletivo. Afinal, se você divide o Uber com alguém ou aluga roupas em vez de comprar, gera menos resíduo e menos trânsito, favorecendo toda a população. “Todo mundo que usa (as plataformas de economia compartilhada) entende os benefícios, como menos poluição, menos carros na rua, menos coisas vendendo”.
Lentini entende que a confiança ainda é algo a ser trabalhado e explica que, por mais que isto esteja crescendo, o Brasil ainda é muito perigoso. “Quanto mais for se expandindo para as periferias, mais as pessoas vão começar a confiar nas outras e nas plataformas”.
Já o tatuador Pablo Paiva Morais Silva acredita que as pessoas não tomam o cuidado que deveriam: “Nos colocamos mais em risco por viajar com pessoas desconhecidas ou entrar em um Uber de madrugada. Inclusive, já passei por algumas situações chatas”.
Algumas plataformas, como é o caso da Sisterwave e Diaspora.Black, nascem com o objetivo de melhorar a segurança e ter uma base de usuários mais limpa e selecionada para não ter situações ruins de preconceito ou assédio, por exemplo. Mas, a maioria usa apenas um sistema de avaliações e comentários, que medem a reputação e a “boa vizinhança” dos usuários e prestadores de serviço.
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