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House of All: a casa que compartilha tudo

  • Foto do escritor: Nós
    Nós
  • 13 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

Veja como o conjunto de casas promove o consumo colaborativo

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Coworking, salas para workshops, cozinha equipada, bar, lavanderia e guarda-roupa: a House of All foi projetada para compartilhar tudo. O conjunto de casas localizado em Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo, propicia interações sociais e o compartilhamento de ambientes, roupas e tempo.


A “casa de tudo” nasceu em 2014, quando o design Wolfgang Menke decidiu abandonar o meio publicitário para embarcar na economia compartilhada e abrir a House of Work, um coworking com o intuito de aproximar alguns amigos que estavam abrindo seus próprios negócios e ainda não tinham escritório.


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Como uma forma de ampliar o espaço, Menke comprou duas casas ao lado e uma delas tinha uma cozinha industrial: assim surgiu a House of Food, um coworking para chefs e cozinheiros. Afinal, alguns trabalham atrás do computador, outros na frente do fogão.


Um ano depois foi a vez da House of Learning – um ambiente para aulas e workshops de todos os tipos. A House of Bubbles, famosa lavanderia self-service com guarda-roupa compartilhado, foi a última a abrir, em 2016, tornando as casas mais completas e promovendo o contato entre pessoas. “Todos os nossos espaços são feitos para as pessoas ficarem junto de quem elas não conhecem. Para se sentarem ao lado de alguém que vem lavar roupa e, de repente, começar uma amizade. O que a gente quer é que as pessoas se sintam em casa”, explica Mayara Aguiar, gerente administrativa do espaço.

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E elas se sentem. O tatuador Pablo Paiva Morais Silva, frequenta a House of All todos os dias desde 2017 para beber, comer e lavar a roupa. “Trabalho aqui perto e sempre passo depois para trocar ideia com o pessoal”, conta. Para ele, além de ser um lugar de descontração e conexões, as casas ainda promovem a sustentabilidade: “É ótimo pois diminui o custo do lugar e a energia. O pessoal sai de um lugar e vem para cá trabalhar junto”.


Kauê Lentini também já é de casa. O cozinheiro levou o Gastro.veda, projeto de gastronomia medicinal, para a House of Food em agosto e, desde então, trabalha nela todos os dias. “Comecei pela necessidade de mercado: é algo bem segmentado, então não fazia sentido abrir uma cozinha do zero, por conta do investimento alto. Na House já tem toda a cozinha equipada e isso já é mais de 50% do caminho andado”, explica.


“É tudo sobre compartilhar”

Gustavo Formiga Sabino é o cliente mais antigo da House of All e nem se lembra como começou a frequentar o espaço. Para ele, as casas têm um apelo mais sustentável do que social, pois vai apenas uma vez por semana e sempre no caminho de algo. A variedade de coisas, no entanto, é o que mais chama a atenção do publicitário. “Sabe quando a mão coça e você sente que precisa comprar algo? Tudo bem ter essa vontade, é normal, mas às vezes você compra algo que não precisa pelo impulso. Vir aqui tira um pouco dessa necessidade”.


Para Mayara, a economia compartilhada veio para juntar as pessoas, mas o complicado é fazer com que elas mudem a forma de consumo e deixem de ter para começarem a compartilhar mais. “É tudo sobre dividir. O que queremos é que as pessoas tenham menos posse. Tudo pode ser de todos”.


*Imagens de divulgação

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